sexta-feira, 17 de julho de 2009

Participação de Tania Alves em Trilhas e Álbuns Diversos: "Tiradentes Nosso Herói" (1984)


Em 1984, Tania Alves participou do especial da TV Globo 'Tiradentes, Nosso Herói', uma criação de Federico Padilla, Lafayette Galvão e Augusto César Vannucci, com direção geral de Augusto César Vannucci. 'Tiradentes, Nosso Herói' é um especial infanto-juvenil sobre a Inconfidência Mineira. A história é conduzida por Sinhá Olímpia (Tania Alves), personagem real da história de Ouro Preto.

Na trilha do especial, Tania cantou duas músicas: "Sinhá Olímpia" e "Língua Enrolada".


Faixas:

01 - Quem Cochicha (Daltony Nóbrega - Lafayette Galvão) canta Viva Voz
02 - Nosso Herói (Tavinho Moura e Fernando Brant) canta Beto Guedes
03 - Traição (Tunai e Sergio Natureza) canta MPB-4
04 - Sinhá Olímpia (Daltony Nóbrega - Lafayette Galvão) cantam Tânia Alves, Aretha, Paulo Vignolo e Fabiano
05 - Coração Civil (Milton Nascimento e Fernando Brant) canta Tadeu Franco
06 - Ponte dos Suspiros (Lô Borges e Marcio Borges) cantam Zizi Possi e Tunai
07 - Coração de Estudante (Wagner Tiso e Milton Nascimento) canta Milton Nascimento
08 - Língua Enrolada (Wagner Tiso e Milton Nascimento) cantam Tânia Alves, Aretha, Paulo Vignolo e Fabiano
09 - Liberdade (João Bosco e Cacaso) canta João Bosco
10 - Sonhos Brasis (Inconfidências) (Gonzaga JR.) canta Gonzaguinha
11 - Meu Rico Dinheirinho (Daltony Nóbrega e Lafayette Galvão) canta Kleiton e Kledir


Ficha Técnica

Direção artística - Mazola
Direção musical e estúdio Wagner Tiso
Coordenação de produção Giselle Goldoni Tiso
Assistência artística Eva Straus


Músicos

Wagner Tiso - Piano Yamaha, Fender OBSX, sintetizador Yamaha e acordeom
Jamil Joanes - baixo elétrico,
Ricardo Silveira - Guitarra
Paulo Braga - bateria e percussão, Ohana, percussão
Mauro Senise - piccolo, flauta ,
Tunay - vilão ovation em traição (Foge povo, foge gente)
João Bosco - violão ovation em Liberdade
Tavinho Moura - violão em Nosso Herói

Coro: Rui Aquiles, Miltinho, Magro (MPB-4) Belva, Kica, Rolando e Ari (Viva Voz) e Daltony Nóbrega

Coro infantil: Aretha Marcos, Fabiano Vanucci, Paulo Vignollo, Luciana Nóbrega, Débora Nóbrega, Clara, Ana, Marya, Cláudio Lins e Ricardo Verocai em Coração de Estudante e Coração Civil, Sinhá Olímpia e Língua Enrolada.


LP Barclay (1984).


* Obs.: Este não é um blog de downloads.


segunda-feira, 13 de julho de 2009

Tania Alves no Teatro: "Os Monólogos da Vagina" (2004)


Negar a palavra “vagina” é negar a mulher. Partindo desse princípio e com muito riso, a peça Os Monólogos da Vagina tem a missão de diminuir os preconceitos que cercam o órgão sexual feminino e, por consequência, as mulheres. Já encenado em mais de 36 países, o texto da dramaturga Eve Ensler estreou em 1996 no circuito off-Broadway de Nova York. A peça foi trazida para o Brasil em 2001 pelos atores e produtores Cássio de Souza e Vera Setta, e ganhou adaptação de Miguel Falabella, que também assinou a direção.

Rejeitando o rótulo de panfletária, uma das produtoras, Vera Setta, defende o espetáculo como uma causa pelo fim da violência contra a mulher. “É uma missão na minha vida”, resume ela.

Ao longo dos anos, o revezamento de atrizes nos papéis tem sido um dos segredos da longevidade do espetáculo. Estiveram nos palcos de mais de 50 cidades brasileiras nomes como Zezé Polessa, Cissa Guimarães, Cláudia Rodrigues, Totia Meireles, Mara Manzan, Fafy Siqueira, Bia Nunnes, Lúcia Veríssimo, Elizangela, Betina Viany e Tania Alves.

Na base do texto, depoimentos de mais de 200 mulheres que a autora colheu em todo o mundo. Na versão de Falabella, cenas com várias personagens falando de suas dificuldades. Tem uma menina enfrentando o desafio de compreender sua primeira menstruação, uma velhinha que não quer mais transar por causa de um trauma e o workshop da vagina, no qual a professora se esforça para ensinar tudo a duas alunas ignorantes sobre o assunto.

Segundo Vera, Os monólogos... são bastante atuais. “A peça é mais oportuna do que nunca e algumas questões tratadas por ela trazem logo à mente das pessoas os casos de abusos contra crianças que estão acontecendo no Brasil”, diz.

Desvendar a sexualidade feminina nos palcos, lembra Vera, não é tarefa fácil no Brasil. O título polêmico dificultou até a obtenção de grandes patrocínios; para se manter tantos anos nos palcos, a peça contou principalmente com a divulgação boca a boca. “Temos a exploração dessa imagem de um país sensual, mas trazer a palavra ‘vagina’ logo no nome me provou o contrário, porque encontrei muito preconceito”, conta. Que não vem só dos homens, aliás. “Aqui muitas mulheres são machistas, educam as filhas de um modo diferente criando meninas submissas, inseguras”, critica, mas comenta que a boa receptividade do público, formado por homens e mulheres, mudou um pouco essa visão. “E a família pode ir, porque não tem nada pornográfico, ninguém tira a roupa”, brinca.


Fafy Siqueira, Tania e Vera Setta


No livro 'Tania Maria Bonita Alves', da Coleção Aplauso, Tania comenta sua participação em 'Os Monólogos da Vagina':

"Vi Os Monólogos da Vagina, no Rio de Janeiro, com Zezé Polessa, Cláudia Rodrigues e Betina Vianny na estreia em 2001. Adorei a adaptação e a direção do Miguel Falabella. O texto da americana Eve Ensler é baseado em entrevistas realizadas por ela com mais de 200 mulheres de todo o mundo e de diversas realidades diferentes, revelando intimidades, vulnerabilidades, temores e conquistas. Me surpreendi com a seriedade com que os assuntos do cotidiano feminino eram abordados, apesar de ser uma comédia. Na estreia fiquei impressionada especialmente com uma cena sobre uma mulher na Bósnia. É interessante lembrar disso agora, porque em certos momentos naquela noite, enquanto assistia ao espetáculo, me imaginei fazendo esse trabalho. Era o destino me apresentando aos meus futuros personagens, porque quatro ou cinco anos depois, ao lado de Betina Vianny e Vera Setta, também produtora do espetáculo, formei o novo trio de Os Monólogos da Vagina e viajamos pelo Brasil inteiro. Ter feito essa comédia foi terapêutico para mim. Tenho um lado recatado e falar a palavra vagina e seus inúmeros sinônimos em público foi uma libertação! Até falo alguns poucos palavrões eventualmente, no meu dia a dia. Mas todo o final de ano me dou como meta, entre outras é claro, parar de falar palavrões no ano seguinte. Acho palavrão muito deselegante, mas ainda não consegui me livrar deles totalmente. Por outro lado palavrões são tão fortes que muitas vezes para expressar ressentimentos ou desabafar só mesmo lançando mão de um belo e sonoro pqp. Talvez eu faça parte da geração de mulheres que começou a falar palavrão com mais liberdade. Até então era muito grosseiro e vulgar esse tipo de linguajar para o sexo feminino. Também descobri que não sabia tudo sobre sexualidade feminina e que, assim como mulheres de outras partes do mundo com culturas completamente diferentes, tinha as mesmas dúvidas e inseguranças sobre esse assunto. Minha colaboração na criação das personagens de Os Monólogos foi muito pequena porque entrei para substituir a atriz Totia Meireles, que por sua vez substituiu Zezé Polessa. Quando isso acontece você, obviamente, fica fora do processo criativo e acaba seguindo o que já existe. Depois, aos poucos, a marcação das cenas fica orgânica e começam a aparecer suas contribuições. Fiz questão, por exemplo, de fazer cada um dos meus sete personagens completamente diferentes um do outro, quase que personagens de sete peças distintas. E, como não gosto de composição, procuro o sentimento deles e não o corpo. O sentimento faz aparecer a voz e o jeito de falar e andar e olhar… "


Veja mais fotos de Tania Alves em "Os Monólogos da Vagina":

Vera Setta, Tania e Betina Vianny

Fafy Siqueira, Totia Meireles, Tania e Vera Setta

Tania e Fafy Siqueira

Tania e Vera SettaBetina Vianny, Fafy Siqueira e Tania

Cacau Mello, Vera Setta e Tania



quarta-feira, 8 de julho de 2009

Trabalhos de Tania Alves na TV (Minisséries): "Bandidos da Falange" (1983)


Em 10 de janeiro de 1983 estreava na TV Globo a minissérie "Bandidos da Falange", escrita por Aguinaldo Silva, com colaboração de Doc Comparato, e dirigida por Luís Antônio Piá e Jardel Mello. A obra foi uma das precursoras a abordar a violência de forma tão realista na televisão.

"Bandidos da Falange" estava marcada para estrear originalmente no dia 9 de agosto de 1982, mas foi proibida pela Divisão de Censura e Diversões Públicas do Departamento de Polícia Federal alguns dias antes. Depois de examinar os cinco primeiros episódios que lhe foram remetidos pela emissora, a Censura pediu para analisar a série completa, que tinha 20 capítulos. As cenas fortes de extrema violência foram o motivo do veto. Após muita discussão e cortes de cenas, a minissérie foi finalmente liberada e exibida entre 10 de janeiro e 4 de fevereiro de 1983.

 
Tania Alves na abertura de "Bandidos da Falange"

Na produção, Tania Alves vivia Glória, casada com o manobrista Valdir (José Dumont), e que acaba se envolvendo com o bandido Bira (Roberto Bonfim). No elenco também estavam José Wilker, Betty Faria, Stênio Garcia, Nuno Leal Maia, Marieta Severo, Jonas Bloch, Gracindo Júnior, Arnaud Rodrigues, Yolanda Cardoso, Francisco Milani, Maria Padilha, Maria Gladys, Júlio Braga, entre outros. O grande destaque foi José Mayer, que por seu trabalho foi premiado pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) como revelação de 1983 na televisão.


Ficha Técnica

Autoria: Aguinaldo Silva
Colaboração: Doc Comparato
Direção: Luiz Antônio Piá e Jardel Mello
Produção do núcleo: Paulo Afonso Grisolli
Período de exibição: 10/01/1983 – 04/02/1983
Horário: 22h
Nº de capítulos: 20

Trama

Aguinaldo Silva utilizou sua experiência de 10 anos como repórter policial para escrever a trama de Bandidos da Falange. Ambientada na Baixada Fluminense e na Zona Sul do Rio de Janeiro, a história conta o surgimento de uma organização criminosa, a Falange Vermelha, com códigos de honra baseados na força e na fidelidade ao grupo. Junto a isso, forma-se uma promíscua rede de relações com diversos segmentos da sociedade, até que a organização é desmantelada pela polícia. A história é dividida em quatro blocos, baseados na trajetória da Falange Vermelha: “As origens”, que se desenrola em 1975; “A organização”, em 1977; “Lutas internas”, em 1979; e “A queda”, em 1981.

Produção

Bandidos da Falange foi um projeto grandioso e envolveu mais de 200 locações. A minissérie teve cenas gravadas em Itacuruçá, Jacarepaguá e Santa Teresa, no Rio de Janeiro. As cenas externas foram filmadas no Presídio Vicente Piragibe, em Bangu. Mas alguns espaços do presídio foram cenograficamente reproduzidos nos estúdios da TV Globo.


Veja no vídeo abaixo cenas de Tania Alves em "Bandidos da Falange":




Fontes: 
Site Memória Globo
Site Teledramaturgia
Canal minisserietv (YouTube)